State of Logistics 2024, apresentado pela Penske Logistics, indicou reativação de projetos estratégicos e reunião de recursos como caminhos para acelerar a resiliência e a flexibilidade
Por Redação
Frota de caminhão na estrada (Foto: Shutterstock)
As cadeias de suprimentos, pressionadas pela volatilidade econômica global –– incluindo inflação, mudanças climáticas e conflitos geopolíticos ––, estão aprimorando as capacidades a partir de investimento em tecnologias que aceleram a resiliência, a agilidade e a flexibilidade para enfrentar as interrupções atuais e futuras. Conclusões são do relatório “State of Logistics 2024”, apresentado em Washington, nos Estados Unidos.
O estudo constatou que a incerteza é quase uma constante na economia global, e que a maneira mais inteligente de responder a tempos instáveis é reavivar projetos estratégicos e reunir recursos para melhorar a resiliência. Espera-se que a economia global apresente um crescimento lento de 2,5% até 2024, o que representaria a meia década mais lenta de produção em 30 anos.
Segundo o relatório, os custos de logística de negócios dos EUA, é de US$ 2,3 trilhões, o que equivale a 8,7% do PIB nacional. Apesar disso, a demanda ainda não se recuperou totalmente, impactada por diversos fatores, incluindo conflitos geopolíticos simultâneos, mudanças climáticas que afetam rotas de navegação, inflação elevada e altas taxas de juros.
Como resultado dos ventos contrários econômicos e da instabilidade geopolítica, a fragmentação contínua do comércio global está complicando as transações da cadeia de suprimentos. Mais de mil corretores de frete dos EUA fecharam as portas desde que o relatório de 2023 foi divulgado.
Além disso, alguns dos maiores fabricantes e varejistas estão buscando monetizar os próprios recursos de logística e, ao mesmo tempo, vendo o sucesso da cadeia de suprimentos como um serviço para comercializar e lucrar.
De acordo com o estudo, as transportadoras têm sido atormentadas por altos custos operacionais, enquanto a demanda fraca e o excesso de capacidade dificultaram a aplicação de cobranças lhes permitiriam sustentar as tarifas e proteger suas margens.
O relatório também apontou que os operadores logísticos continuam enfrentando desafios significativos no momento, que incluem altos custos operacionais e de seguro, baixas taxas de frete e excesso de capacidade. “Isso levará a uma maior consolidação do setor?”, questionou o estudo.
Espera-se que os investimentos em tecnologias emergentes, como inteligência artificial, visibilidade de ponta a ponta e automação avançada, gerem vantagem competitiva e maior resiliência a futuras interrupções no setor de logística.
Em relação à sustentabilidade, as principais empresas globais adotaram metas ambientais rigorosas. Outros programas de financiamento do governo foram lançados para incentivar iniciativas de descarbonização, o que indica um progresso nos setores público e privado em direção a níveis mais altos de sustentabilidade.
Produzido anualmente para o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) pela empresa de consultoria global Kearney e apresentado pela Penske Logistics, o estudo anual oferece uma visão geral da economia americana por meio das lentes do segmento de logística e seu papel nas cadeias de suprimentos em geral.
Fonte: Mundo Logística