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EBA - Empresa Brasileira de Armazenamento, Redex e Operações Logísticas
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Projeto Irupé analisa fatores como chuva, vazão do rio e condições climáticas para determinar o nível do calado, melhorando a eficiência operacional e a segurança na navegação

Por Redação

Hidrovias implementa IA para mitigar impactos climáticos na Paraguai-Paraná
A Hidrovias do Brasil alcançou um aumento significativo na previsibilidade do nível do rio (Foto: Divulgação)

A Hidrovias do Brasil passou a usar Inteligência Artificial associada às informações climáticas para transpor barreiras que possam ser causadas pelas ações do tempo. O Projeto Irupé realiza análises prévias das condições climáticas para garantir a otimização da navegação. Segundo a companhia, o sistema foi desenvolvido, após os desafios decorrentes de uma seca histórica na região, há dois anos.

O Projeto Irupé é um sistema de previsão dos níveis da hidrovia. Utilizando Machine Learning e Analytics, a ferramenta analisa fatores como chuva, vazão do rio, condições climáticas, e os efeitos do La Niña e El Niño. Essa análise determina uma previsão para o nível do calado em pontos estratégicos para a navegação.

De acordo com a empresa, essas informações são cruciais para a operação na hidrovia Paraguai-Paraná, que possui um dos trechos mais extensos e importantes da navegação interior internacional, percorrendo quase metade da América do Sul, com um total de 3.442 km navegáveis, sendo 1.720 km apenas em terras brasileiras.

“Isso torna a rota uma via crucial para o escoamento das commodities agrícolas produzidas nacionalmente, bem como para parte do minério de ferro brasileiro. Em outras palavras, a previsão do nível do rio ao longo do trajeto é fundamental para o planejamento adequado das operações e a mitigação de potenciais riscos”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

Como resultado, a Hidrovias do Brasil alcançou um aumento significativo na previsibilidade do nível do rio, que varia, em média, 12 centímetros. Com isso, consegue precisar com maior assertividade a capacidade de carga de seus comboios ao longo de baixos calados, gerando redução dos custos e tempos de transporte ao otimizar as operações, além do aumento seguro no calado sem comprometer a segurança operacional.

SOLUÇÃO PARA A LOGÍSTICA DE FERTILIZANTES

Recentemente, a companhia também anunciou a parceria com a Rumo para o transporte de fertilizantes em Santos (SP). Atendendo à crescente demanda do mercado brasileiro, estimado em US$35,78 bilhões em 2024 e projetado para atingir US$ 49,68 bilhões até 2030, de acordo com a pesquisa realizada pela Mordor Intelligence, as empresas uniram forças para superar desafios logísticos, tributários e tecnológicos.

A operação será fundamentada em um conceito da Hidrovias do Brasil, com a otimização do frete ferroviário atrelada à eficiência logística. De acordo com as companhias, a operação no transporte de fertilizantes será pioneira na margem direita do Porto de Santos, integrando o terminal portuário STS20, operado pela Hidrovias do Brasil, ao transporte ferroviário.

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Ao todo, espera-se um volume anual aproximado de 500 mil toneladas de fertilizantes, com uma média de 20 vagões por dia.

Atualmente, responsável por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, o Brasil se destaca como o quarto maior consumidor mundial, seguido apenas pela China, Índia e Estados Unidos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. O crescimento exponencial da demanda nacional, superando a oferta, tem sido suprido por importações.

“A velocidade do crescimento da demanda brasileira por fertilizantes tem desafiado a infraestrutura logística e demandou uma solução inovadora para garantir a eficiência no atendimento aos nossos clientes. Este projeto reforça o nosso compromisso com a excelência logística, e posiciona Santos como um polo estratégico para o setor, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico da região”, destacou Ricardo Cerqueira, Diretor da Operação Santos da Hidrovias do Brasil.

SANTOS X EXPANSÃO FERROVIÁRIA DA RUMO

O Porto de Santos (SP) é estratégico na expansão ferroviária feita pela Rumo. Tanto a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso quanto os investimentos nos aumentos de capacidade e eficiência operacional da ferrovia no porto paulista focam na entrega de excelência para o escoamento de grãos e o abastecimento de fertilizantes para o agronegócio do Centro-Oeste. Por esse motivo, a Rumo também está investindo em modernizações na Malha Paulista e em Santos para suportar os volumes cada vez maiores movimentados pela ferrovia.

“As obras de modernização das vias férreas que atravessam São Paulo e o Centro-Oeste aumentam a eficiência e a segurança da operação ferroviária. E a nossa parceria com a Hidrovias do Brasil reforça a excelência no atendimento ao agro, que escoa grãos para o Porto de Santos e, cada vez mais, se beneficia com o retorno dos vagões carregados com fertilizantes que descarregam os produtos em nossos de terminais de Rondonópolis (MT) e de Rio Verde (GO)”, explicou o diretor Comercial da Rumo, Fabio Henkes.

“É preciso ressaltar que a operação ferroviária tem um forte impacto na descarbonização da nossa matriz de transporte. A nossa estimativa é que a movimentação de fertilizantes neste ano, em parceria com a Hidrovias do Brasil evitará, em média, a emissão de mais de 63 mil toneladas de CO2, um volume que corresponde a uma emissão feita por 8.216 casas e 15.004 carros”, comentou Henkes.

A movimentação dos fertilizantes pelos trilhos também atende a demandas nacionais e globais. “Ao abrir essa nova opção logística via Porto de Santos, contribuímos para o Plano Nacional de Fertilizantes, que é a estratégia do governo federal para promover vantagens competitivas para o país. Entre os objetivos, está a melhoria no processo de distribuição desses produtos. Além disso, a facilidade logística induz o aumento da produção agrícola, considerando que a fronteira agrícola mato-grossense já se encontra praticamente em exploração total”, completou o executivo.

Fonte: Mundo Logística

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