A produção e vendas de caminhões caem em agosto. As montadoras produziram 10,1 mil unidades no mês, contra 12,1 mil em julho (-16,3%) e 13,1 mil em agosto do ano passado (-22,9%). Além disso, a retração também apareceu no acumulado: nos primeiros oito meses de 2025 saíram das fábricas 88,5 mil caminhões, frente a 89,4 mil no mesmo período de 2024, o que representa recuo de 16,3%.
Além da produção e vendas, o movimento de queda foi acompanhado pelos licenciamentos. Em agosto, os emplacamentos somaram 8,9 mil caminhões, 15,9% abaixo das 10,6 mil unidades registradas em julho.
Na comparação entre agosto de 2024 e agosto de 2025, a queda foi de 22,6%, com 11,5 mil e 8,9 mil veículos, respectivamente. Como resultado, no acumulado do ano o mercado fechou os oito primeiros meses com 74,3 mil licenciamentos, resultado 6,7% inferior às 79,6 mil unidades registradas no mesmo intervalo de 2024.
Produção e vendas de caminhões: agosto foi marcado por queda
Segundo o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Igor Calvet, agosto marcou a primeira queda na produção acumulada em relação a 2024. “O recuo é de apenas 1%, mas sinaliza uma inversão da curva de crescimento que vinha se mantendo ao longo dos primeiros sete meses do ano”, afirmou.
Calvet atribui o cenário principalmente às taxas de juros, que considera muito prejudiciais ao setor. “O impacto é ainda maior para o segmento de caminhões pesados, responsável por praticamente metade do mercado”, ressaltou. Somente os modelos pesados registraram retração superior a 19%. Como consequência, a indústria também reduziu postos de trabalho, com a eliminação de 148 vagas.
Exportações em expansão
Apesar da retração doméstica, as exportações seguem em expansão. Entre janeiro e agosto, por exemplo, o setor enviou 19 mil caminhões ao mercado externo, quase o dobro das 10 mil unidades embarcadas no mesmo período de 2024, um avanço de 89,6%. Além disso, nos meses de julho e agosto, o desempenho se manteve estável, com 2,8 mil veículos exportados em cada mês.
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Fonte: Portal O Carreteiro
