
A Anfavea confirmou que o mercado de caminhões segue perdendo ritmo em 2025. Entre janeiro e outubro, a produção de caminhões foi de 108,8 mil unidades. Quando comparado as 117,4 mil caminhões e 2024, a queda foi de 7,3%.
A diferença de 8,6 mil veículos equivale a praticamente um mês de produção que deixou de existir no País. Além disso, o recuo atinge sobretudo pesados, que representam 40% do volume total produzido.
Ademais, os emplacamentos acompanham a tendência negativa. O mercado licenciou 94,7 mil caminhões entre janeiro e outubro. Ou seja, número 8,3% menor que os 103,3 mil registrados no mesmo período do ano passado.
Mesmo com avanço de 8,8% entre setembro e outubro — de 9,8 mil para 10,7 mil unidades — o setor não anulou a retração anual, já que outubro de 2024 somava 12,2 mil caminhões.
Segundo Igor Calvet, presidente da Anfavea, o desempenho mostra que “o problema precisa de atenção”. Ele avalia que o crédito segue caro e a demanda dos frotistas ainda não reage como esperado.
Produção de caminhões: IOF e crédito caro travam retomada
Calvet destacou que o setor de caminhões sofre penalização com o IOF. Assim, retirar o IOF aliviaria o custo do crédito e destravar as vendas.
Apesar de juros menores e inflação sob controle, a Anfavea avalia que a demanda permanece travada por condições de financiamento desfavoráveis, por custos operacionais mais altos dos modelos P8 e por maior cautela dos transportadores.
Dessa forma, Calvet afirma que a recuperação depende de crédito mais acessível, incentivo à renovação da frota e estabilidade econômica para que transportadoras voltem a comprar em volume.
Ônibus crescem e evitam queda maior no acumulado
O segmento de ônibus continua no sentido oposto. A produção avançou de 23,6 mil para 26,2 mil unidades entre janeiro e outubro, alta de 10,8%.
Do mesmo modo, nas vendas, o setor também cresceu: 19.660 ônibus emplacados em 2025 contra 18.336 no ano anterior, avanço de 7,2%. Esse desempenho positivo alivia parte da perda vinda dos caminhões, embora não seja suficiente para compensar o impacto sobre o total da indústria.
Fonte: Portal O Carreteiro









