Se você trabalha com transporte rodoviário ou depende dele para receber mercadorias, já deve ter sentido no bolso: o diesel continua caro em agosto de 2025.
Segundo dados da Petrobras, com base na ANP, o preço médio do diesel S-10 no Brasil está em R$ 6,06 por litro, já considerando a mistura obrigatória de 14% de biodiesel.
Esse valor é o resultado de uma combinação de fatores:
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46,2% vêm da parcela Petrobras (produção e importação do diesel A).
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18,5% correspondem ao biodiesel misturado.
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16,3% ficam com distribuição e revenda.
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O restante são tributos federais e estaduais.
Repasses sem justificativa?
O clima ficou tenso no setor no fim de julho. Em Minas Gerais, postos denunciaram que algumas distribuidoras aumentaram o preço do diesel em até R$ 0,10 por litro sem que houvesse reajuste oficial da Petrobras ou mudança no custo do biodiesel.
O aumento aconteceu justamente às vésperas de uma mudança importante: no dia 1º de agosto, a mistura obrigatória de biodiesel subiu de 14% para 15%. Para sindicatos, esse “timing” pode ter sido usado como desculpa para repassar valores extras.
Impactos diretos no transporte rodoviário
O diesel é responsável por até 40% do custo do frete no transporte rodoviário. Isso significa que qualquer centavo a mais no combustível pode alterar contratos, aumentar preços de mercadorias e até inviabilizar certas rotas.
Além disso:
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Há risco de reajustes em cascata, caso os preços se mantenham instáveis.
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A mistura maior de biodiesel pode aumentar problemas mecânicos, como entupimento de filtros, exigindo mais manutenção.
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Empresas já estão revendo suas tabelas de frete para equilibrar custos e prazos.
E o que esperar para os próximos meses?
Apesar de o governo sinalizar que cortes podem ocorrer caso o petróleo siga em queda, o mercado de combustíveis no Brasil é sensível a fatores externos, câmbio e decisões das distribuidoras.
Para quem atua no transporte, a recomendação é clara:
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Acompanhar semanalmente o preço da ANP;
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Negociar contratos de frete com cláusulas de reajuste;
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Investir na manutenção preventiva para reduzir impactos da nova mistura de biodiesel.
📊 Fonte: Petrobras (ANP), O Tempo, Diário do Comércio.
Fonte: Transvias.com.br